PESSOAS QUE MACHUCAM SEM BATER


PESSOAS QUE MACHUCAM SEM BATER

É fácil deixar uma pessoa emocionalmente em frangalhos.
É só mirar no peito e atirar com palavras.
Um dos maiores dramas femininos é a violência dentro de casa.
Milhares de mulheres apanham do marido e do namorado.
Não importa se são pobres ou ricas, analfabetas ou cultas:
apanham uma, duas, três vezes e, em vez de fazerem a malinha e darem um novo rumo às suas vidas, mantêm-se onde estão, roxas e orgulhosas.
A maioria suporta a situação porque não tem como se sustentar, não tem para onde levar os filhos, elas estão nesse mundo sem pai nem mãe.
Mas há outro motivo curioso: muitas mulheres encaram
a surra como um contato íntimo.
Na falta de um beijo, aceita-se um tapa.
Dói, mas ninguém pode dizer que não existe uma relação a dois.

É uma maneira masoquista de se fazer notar, de não se sentir
ignorada pelo companheiro.
Apanho, logo existo.
Que é medieval, nem se discute.
Mas a humanidade convive há séculos com essas armadilhas,
com essas cenas em que cada um interpreta como lhe convém.
Podemos nos apiedar de quem sofre maus tratos em nome desse amor fora dos padrões, mas a verdade é que apanhamos
todas, todos.
Diga aí quem nunca machucou, quem nunca foi machucado,
mesmo sem trazer marcas visíveis.
Algumas pessoas são experts em não deixar cicatrizar velhas feridas, em fazer dor no ponto frágil.
Insinuações doem, acusações injustas doem, desapego dói,
indiferença, então.
É justamente dentro das relações mais íntimas que se obtêm
as melhores armas.
A vulnerabilidade é terreno fértil para surras psicológicas.
Sabemos como reage nosso cônjuge, o que costuma ferir nosso irmão, onde nossos amigos fraquejam.
Basta uma frase, uma ironia, e o abatemos.
Deixar uma pessoa emocionalmente em frangalhos não
é passível de condenação.
Não é crime, não deixa marcas de sangue no tapete.
Mira-se no peito, atira-se com palavras, e os estilhaços caem para dentro.
A violência física não tem essa premeditação.
Ela caracteriza-se pela falta absoluta de controle.
No momento em que se agride alguém com socos e pontapés,
atravessa-se a fronteira do racional: vigora a degradação, a selvageria, o fim da civilidade.
Por isso, preferimos a agressão verbal, que, apesar de também machucar, ao menos mantém a ordem.
O ideal, no entanto, seria escaparmos ilesos de qualquer brutalidade e convivermos apenas com abraços, sorrisos e palavras gentis, coisa que acontece apenas entre quem mal se conhece.
A ternura full time só é comum entre pessoas cujas vidas
não se misturam, não trazem consequências uma para a outra.
Já a intimidade permite que a mágoa brote, transformando rancor em munição.
Mike Tyson ao menos ganhava bem para bater e levar.
Fora do ringue, todo mundo perde.
Por isso basta amar-se Mais...amar-se Mais!

7 de Setembro? Não Temos o que Comemorar!!!




LIBERDADE E INDEPENDÊNCIA, QUANDO SERÁ?

Hoje, 07 de setembro de 2009, dia da independência do Brasil. Mas o que de fato temos para comemorar? A permanência de Sarney na presidência do Senado? A renúncia de Renan Calheiros do mesmo posto? Os dólares na cueca? A absolvição de Palocci? A campanha da Dilma com dinheiro público? A descoberta do engodo no pré-sal? A volta de Delúbio Soares ao cenário político? Sustentarmos os assassinos do MST com cestas básicas enquanto eles não produzem nada? Sinceramente não vemos o que comemorar. Comemoraríamos se os políticos brasileiros fossem honestos. Comemoraríamos se a corrupção acabasse ou se pudéssemos andar nas ruas com segurança e sem medo de balas perdidas ou até achadas. Assistimos, ontem, ao pronunciamento do excelentíssimo presidente em rede nacional sobre o novo desvia foco que arrumaram para o país. O pré-sal está tirando da mídia as denúncias contra os políticos. Lula alardeia esta extração de petróleo como uma solução para todos os problemas. O que ele não sabe, e como presidente deveria saber, é que a exploração efetiva do pré-sal se dará daqui a 10 anos e o que o preço desta será 4 vezes maior que a mesma realizada pelos países do Oriente Médio. Lula se engana e acha que engana o povo brasileiro junto, pois bem sabemos que o dinheiro produzido por esta mina de ouro negro ficará nas mãos dos ladrões eleitos por nós. Muitos aqui dirão: Basta votarmos corretamente. Então estes que nos indiquem um político honesto, porque do alto dos nossos 44 e 36 anos não conhecemos nenhum até hoje e achamos que morreremos sem conhecer. Muitos pensarão que é cedo para pensar em morte, mas do ponto de vista de quem necessita de uma saúde de qualidade no país, já estamos até fazendo hora extra por aqui. Não suportamos mais ver o país a que tanto amamos ser prostituído, sacaneado, estuprado por uma minoria que só pensa em si próprio e o resto que se lasque. Às vezes temos vergonha de amar um país com tantos adjetivos negativos e acreditamos que não somos os únicos a pensar assim. Hoje, 07 de setembro de 2009, é um dia para chorar, lamentar e ter vergonha de ser brasileiro. É dia de vestirmos o espírito com amargura e assumirmos o posto de idiotas que somos perante o sistema criminoso que assola-nos do Oiapoque ao Chuí.

Nalva Martins e Igor Athayde

Quadro dos Trapalhões em 1983 prevê o futuro

Quadro dos Trapalhões em 1983 prevê o futuro
O ano era 1983. Chico Anysio apresentou o quadro em que os Trapalhões fazem um esquete em que imaginam o mundo 25 anos mais tarde. Em 2008, Mussum e Zacarias estariam mortos e intrepretam os filhos. Dedé e Didi, brigados, voltam a trabalhar juntos. Que profecia... veja no vídeo abaixo...